GESNERIACEAE

Sinningia douglasii (Lindl.) Chautems

LC

EOO:

562.514,97 Km2

AOO:

476,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nas regiões Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul). Segundo Lopes et al.(2005), ocorre fora do território brasileiro, como na Argentina (Tressens et al., 2008), Ocorre entre 500 a 900 m de altitude na Reserva Rio das Pedras, RJ (Lopes et al., 2005).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie de ampla distribuição,ocorrendo nas regiões Sudeste e Sul e na Argentina. Segundo o especialista, é freqüentena Mata Atlântica, sendo a espécie do gênero mais comum no Sudeste do Brasil, inclusive em diversas unidades de conservação (SNUC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrição da espécie em Chautems (2003), Eggli (2003) e Lopes et al. (2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Espécie bem frequente na mata atlântica e até as matas de Misiones na Argentina. É a espécie de Sinningia mais comum no Sudeste e Sul do Brasil com tubérculos muitas vezes epifíticos (Chautems, com. pess.).Bernardi; Budke (2010) encontraram 16 indivíduos em 0,4 ha de unidade amostral em uma área de aproximadamente 60 ha correspondente ao Horto Florestal de Erechim, RS. Na Reserva Rio das Pedras (Lopes et al., 2005) a espécie é considerada rara. Bonnel et al. (2009) encontraram 60, 30, 69 e 37 indivíduos em quatro Áreas Prioritárias do Corredor Araucária. Cada área correspondeu a aproximadamente 30 ha de amostragem (Bonnel et al., 2009). Entretanto a área de amostragem não foi bem delimitada e a amostragem de epífitas foi feita apenas visualmente. Não há informação da área total das Áreas Prioritárias do Corredor Araucária.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Encontrada em Florestas Úmidas (Eggli, 2003), Floresta Ombrófila Mista (Dittrich et al., 1999; Cervi et al., 2007), em floresta de encosta e de planície (Kersten; Kuniyoshi, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Essa espécie é herbáceaepífita facultativa (Gonçalvez; Waechter, 2003) ou raramente rupícola (Lopes et al., 2005) de 10 a 20 cm de altura (Chautems, 2003). Hádiscordância na literatura quanto à síndrome de dispersão; Liebsch; Mikich(2009) a indicam como anemocórica, enquanto que Liebsch et al. (2009), zoocórica,e Geraldino et al. (2010), autocórica. A espécie floresce em outubroe novembro (Perret et al., 2007) ou de agosto a março com pico de setembro adezembro (Chautems, 2003) e é polinizada por beija-flores (Dittrich et al., 1999). Sazima et al. (1996 apudPerret et al. 2001) observaram que duas espécies de beija-flores, Leucochloris albicollis e Phaethornis eurynome eram os principaisvisitantes da espécie em uma floresta montana em Campos do Jordão, SP. Ela évisitada pelos beija-flores Phaethorniseurynome e Amazilia fimbriata,possuindo maior dependência por A.fimbriata. É também uma espécie com baixa centralidade em estudos com redescomplexas, indicando que a espécie é rara e possui poucas interações compolinizadores (Kohler, 2011). Ocorre em Mata Atlântica (Araujo; Chautems,2010), em florestas úmidas (Eggli, 2003), Floresta Ombrófila Mista (Dittrich et al., 1999; Cervi et al., 2007), em floresta de encosta e de planície(Kersten; Kuniyoshi, 2009). Planta ciófila (Lopes et al., 2005) eindicadora de ambientes preservados (Bonnet et al., 2011).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.2.2 Large-scale
Em áreas pertencentesà Remasa Reflorestadora Ltda. (fazendas Lageado Grande e Santa Cruz) e entorno(extinto Parque Estadual das Araucárias), localizadas nos municípios deBituruna, General Carneiro e Palmas (26°14'-26°22' S e 51°34'-51°39' W), adistância máxima entre as propriedades estudadas era de 15 km, de tal forma queas áreas estavam sujeitas às mesmas condições climáticas. As áreas de estudosofreram alterações em sua composição, com a retirada de espécies madeiráveis,notadamente araucária (A. angustifolia(Bertol.) Kuntze) e imbuia Ocotea porosa(Ness & C. Mart.) Barroso). Posteriormente, grandes extensões florestaisforam substituídas por plantios comerciais de espécies exóticas, principalmentedo gênero Pinus. Atualmente, tem-seum mosaico complexo de plantios florestais e florestas nativas em diversosestádios sucessionais e em diferentes graus de conservação, muitas vezesinterligadas por corredores, representados principalmente pelas florestasciliares (Liebsch; Mikich, 2009).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Espécie cultivada como ornamental (http://www.burwur.net/sinns/4dugMain.htm; acesso em 13/7/2012).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de Minas Gerais(COPAM-MG, 1997).
Ação Situação
4.4.2 Establishment on going
Encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Reserva Rio das Pedras, RJ (Lopes et al., 2005); Parque Estadual de Vila Velha, PR (Cervi et al., 2007); Floresta Nacional de Passo Fundo, RS (Buzatto et al., 2008); Horto Florestal Municipal de Erechim, RS (Bernardi; Budke, 2010); Reserva Particular do Patrimônio Natural Prima Luna, SC (Kohler, 2011), entre outras (CNCFlora, 2011).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Espécie cultivada como ornamental (http://www.burwur.net/sinns/4dugMain.htm; acesso em 13/7/2012).